domingo, 7 de março de 2010

Hoje eu sou, folha morta.

Sentia-se despedaçada, morta.
Depois de muito tempo, quieta, passiva, obediente. Evitava dar suas próprias opiniões para não gerar conflitos. Anos, até que um belo dia a ameaçaram de tirar sua pequena paixão (que tanto lhe custou e uma das únicas que tinha consigo) e se exaltou por um breve momento. Foi o necessário para ser banida.
Pensou em fugir, mas sabia que se tivesse que voltar, não daria o braço a torcer. Preferia morrer de fome. Não tinha escolha: tinha de permanecer calada. Não podia recorrer a outros porque o problema poderia se estender, e até então, achava que o caso não era tão grave assim. Só que também sabia que . era tão ou mais orgulhosa. E pior, rancorosa.
Chorou. Estava presa. Não podia se expressar, não podia ir embora, não podia falar com ninguém. Por muito tempo tinha seguido o curso porque todos seguem. Porque talvez houvessem chances, porque pensou que podia se encontrar. Tinha se dado conta que estava vivendo amortecida em seu interior, e por isso não conseguia sentir o exterior. Todo esse tempo tinha sido uma mentira. Estava exausta.
Se trancou no quarto e dormiu.
Deixou um bilhete: Não tente me acordar de manhã, porque já terei ido. Fui tentar achar um lar em outro lugar.

Folha Morta/ Asleep
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