sexta-feira, 26 de março de 2010

Girl, Interrupted.

Afinal o que é estar sozinho? O que é solidão? Quem pode dizer que somos saudáveis ou não, felizes ou não?
Solidão pra mim, é algo puro. Estar sozinho, e em silencio é purificar-se. E não sou só eu quem diz isso, mas diversas filosofias e linhas religiosas acatam essa "teoria".
A grande questão é até que ponto conseguimos consentir esse isolamento. O convívio e a interação fazem parte da nossa sociedade. Porém, se fôssemos criados com outros modos, com outras maneiras.. Se não tivéssemos evoluído na maneira de pensar e não existisse a comunicação verbal. Como seríamos? Primitivos? Talvez. Mas uma vez politizados, podemos fazer nossas próprias escolhas. Desde aceitar um presente até decidir viver em reclusão.
Sei lá, talvez tudo o que eu esteja dizendo seja bobagem. Mas eu, nesse dado momento, não acho que querer viver sozinho e a parte da sociedade nos faz deficientes ou anormais. Quem disse que TEMOS que nos adequar as regras? Quantas pessoas infelizes existem, e quantos problemas psicológios são derivados de imposições geradas pelo sistema? Bom, poderíamos falar até amanha disso (acompanhado de mais uma garrafa de vodka e um maço de cigarros tudo bem, mas como não é o caso..), mas esse não é o ponto.
Mas no final, tudo o que eu disse aqui é bosta. Afinal, já somos civilizados e desde pequenos fomos ensinados a nos comportar, agir, sentir de acordo com o "normal". Ou seja... estamos fudidos. Estamos presos a idéia de nos completar com outra pessoa (?!). De querer uma bela casa. De ter filhos, e passar todos os nossos mesmos problemas e desgraças a diante. Tem muita gente pra pouco diálogo, muitos casais pra poucas relações verdadeiras. Muita enchente pra pouco bueiro. Enfim. Um brinde aos sociopatas, budistas e freiras. Um brinde à solidão. Um brinde a... opa, acabou a vodka.

domingo, 7 de março de 2010

Hoje eu sou, folha morta.

Sentia-se despedaçada, morta.
Depois de muito tempo, quieta, passiva, obediente. Evitava dar suas próprias opiniões para não gerar conflitos. Anos, até que um belo dia a ameaçaram de tirar sua pequena paixão (que tanto lhe custou e uma das únicas que tinha consigo) e se exaltou por um breve momento. Foi o necessário para ser banida.
Pensou em fugir, mas sabia que se tivesse que voltar, não daria o braço a torcer. Preferia morrer de fome. Não tinha escolha: tinha de permanecer calada. Não podia recorrer a outros porque o problema poderia se estender, e até então, achava que o caso não era tão grave assim. Só que também sabia que . era tão ou mais orgulhosa. E pior, rancorosa.
Chorou. Estava presa. Não podia se expressar, não podia ir embora, não podia falar com ninguém. Por muito tempo tinha seguido o curso porque todos seguem. Porque talvez houvessem chances, porque pensou que podia se encontrar. Tinha se dado conta que estava vivendo amortecida em seu interior, e por isso não conseguia sentir o exterior. Todo esse tempo tinha sido uma mentira. Estava exausta.
Se trancou no quarto e dormiu.
Deixou um bilhete: Não tente me acordar de manhã, porque já terei ido. Fui tentar achar um lar em outro lugar.

Folha Morta/ Asleep
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